quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

8. AMOR PARA A ETERNIDADE


Amor para a Eternidade


Houve tempo em que, para muitos membros da Igreja, realizar o sonho de um casamento no templo parecia irremediavelmente fora de alcance. Geral-mente os templos estavam tão longe, que pensar seriamente em casar-se em um deles parecia um conto de fadas. Mas com tantos templos construídos, cada vez mais casais podem iniciar sua vida conjugal com as bênçãos de um selamento no templo.
Antes do casamento, no entanto, há o namoro. De que modo esses jovens santos dos últimos dias se conhecem? O que fazem, quando se preparam para ir ao templo?
Seguem-se histórias de jovens que se casaram recentemente no templo. Suas narrativas de onde e como se conheceram, de que modo procuraram realizar um mesmo sonho de casamento no templo, e como sentiram-se felizes em seus esforços, podem servir como inspiração a outros que anseiam por um casamento no templo em seu futuro.
Todas essas histórias têm algo em comum. Primeiro, a maioria dos casais se conheceram em uma atividade da Igreja. E geralmente tiveram que envidar grande esforço para participar dessas atividades. Segundo, determinaram um objetivo de um casamento no templo. Terceiro, levaram uma vida digna e prepararam-se para ir ao templo.

Justin e Tiffany Walker, Estados Unidos

Embora Justin e Tiffany morem atualmente em Utah enquanto completam seus estudos, cresceram a centenas de quilômetros de distância um do outro. Tiffany foi criada em Columbus, Ohio, e a família de Justin morava em Roanoke, Virgínia, lugares com bem poucos membros da Igreja. Provavelmente nem se teriam conhecido, mas ambos decidiram envidar todos os esforços para estudar onde pudessem relacionar-se com outros membros da Igreja. Decidiram matricular-se na Universidade Brigham Young—Idaho. Sentaram-se um ao lado do outro na aula de Geologia. A princípio, Justin, missionário que retornara da Missão Londres Inglaterra Sul, era bem quieto (ele insiste que estava apenas tentando concentrar-se). Logo começaram a conversar animadamente.
Sua amizade cresceu, transformando-se em namoro. Mas, por ficarem separados durante o verão, namoraram por mais de dois anos e meio. Durante esse tempo, Tiffany e Justin descobriram que partilhavam de um desejo firme de se casarem no templo. Diz Tiffany: “Senti o desejo de casar-me no templo ao compreender que havia convênios especiais que não eram feitos em nenhum outro lugar. Sabia que, se me casasse no templo, não haveria nenhum outro lugar que fosse mais apropriado”.

Áries e Lowenna Janssens, Inglaterra

A primeira vez em que Áries e Lowenna se viram foi em um baile dos jovens adultos solteiros. Foi apenas um olhar; nenhum dos dois disse nada. Seis meses depois, Áries e alguns de seus amigos viajaram 120 milhas (190 quilômetros) para a inauguração da casa de um jovem adulto solteiro, na residência de estudantes de Lowenna. Ele diz: “Acho que era a coisa normal a fazer em um local onde os jovens adultos solteiros moram tão longe uns dos outros”.
Ambos se lembraram do baile, e Áries não perdeu tempo, convidando Lowenna e sua irmã para fazer esqui aquático com ele. As moças não foram, porque a distância para buscá-las e voltar era enorme, mas eles continuaram a se ver algumas vezes por mês nos bailes e atividades. Passaram a ser bons amigos. Quando seus sentimentos se intensificaram, começaram a conversar ao telefone.
Narra Lowenna: “Nossos sentimentos eram mais fortes do que havíamos experimentado em outros namoros. Ambos queríamos ser o melhor possível para o outro”.
Áries planejava pedi-la em casamento e, em segredo, comprou uma aliança, enfrentando a assustadora tarefa de pedir a mão dela a seu pai. O casal planejou andar até a uma bonita cachoeira perto de onde Áries passara grande parte da infância. Quando Áries se ajoelhou para procurar a aliança na mochila, Lowenna, pensando que ele queria que as coisas corressem mais devagar, perguntou: “Existe alguma coisa que você queira mudar em nosso relacionamento?”
Áries respondeu: “Sim, na realidade há. Eu gostaria de mudá-lo muito”. Ele mostrou-lhe a caixinha com a aliança.
O casal começou imediatamente a fazer planos. Casaram-se 10 semanas depois, no Templo de Preston Inglaterra, com o avô de Lowenna realizando o selamento.
Nas palavras de Lowenna: “Senti o Espírito realmente forte o dia todo, e valeu como uma apresentação excelente do evangelho a toda a nossa família e amigos não pertencentes à Igreja. Sentíamos que nada era mais importante nesta vida do que nosso casamento eterno. Somos muito gratos pela força que representamos um para o outro durante nosso namoro, o que nos permitiu entrar dignamente na casa de nosso Pai, a fim de fazermos convênios sagrados que até hoje nos orientam em nossa vida de casados”.

Pang King Yeung Dono e Bobo Ka Po, Hong Kong

Logo depois que Ka Po foi batizada, as missionárias incentivaram-na a assistir às aulas do instituto. Eram realizadas na manhã do sábado, e Ka Po se lembrava de como era difícil levantar-se e chegar à aula na hora.
Uma colega telefonava para ela todas as manhãs de sábado e a incentivava. Certo dia, a colega passou a responsabilidade de telefonar para King. Foi esse o início de sua amizade.
Ka Po declara: “As atividades da Igreja ajudaram-nos a nos conhecer melhor”. Seu primeiro encontro foi num ensaio de dança para os jovens adultos solteiros.
Ka Po e King namoraram durante quatro anos. King ajudou Ka Po a compartilhar o evangelho com sua avó e irmão. Então, na noite em que a pediu em casamento, ele foi à escola noturna em que a jovem estudava. Ela acabara de passar por um grande exame e estava exausta, mas sentiu-se maravilhosamente quando ele, dando-lhe uma aliança, pediu-a em casamento.
Casaram-se no Templo de Hong Kong China. Ka Po declara: “Nunca me esquecerei de quando fomos selados no templo. Era tão maravilhoso e surpreendente que pudéssemos estar juntos para a eternidade! Não parava de chorar e, tão emocionada, nem conseguia falar. Sinto amor pelo templo e pela grande bênção de poder freqüentá-lo em nosso próprio país.
Nosso casamento no templo não vai influenciar apenas a nós, mas também a nossos filhos e a seus filhos. É muito importante que tenhamos o mesmo propósito e as mesmas metas na Terra. Amo ao evangelho e ao meu marido eterno”.

Tururarii e Taiana Teturu, Taiti

“Quando tinha 12 anos”, diz Taiana, “meu desejo de casar-me no templo tornou-se cada vez mais firme. Era mais do que um objetivo que precisava alcançar. Queria tornar-me uma pessoa digna de casar-se no templo. Assim, trabalhei nessa direção, especialmente por meio de Meu Progresso Pessoal. Havia muitas pessoas me ajudando — meus pais, minhas líderes das Moças — e muitas atividades da Igreja para ajudar-me a permanecer no caminho certo.”
Tururarii, por outro lado, não foi membro da Igreja na maior parte da vida, pois se batizou aos 25 anos. “Mas, tendo recebido o evangelho”, diz Tururarii, “e aprendendo cada vez mais a respeito das bênçãos, estabeleci imediatamente a meta de casar-me no templo.”
Tururarii e Taiana conheceram-se durante os ensaios do coro para um serão de Páscoa feito pela Igreja. Apresentaram-se com o coro, conheceram-se melhor e começaram a namorar. Mas foi durante uma conferência de jovens adultos solteiros, em uma ilha próxima, que decidiram que deveriam casar-se. Quando voltaram da conferência, falaram com os respectivos bispos e começaram a fazer planos para casar-se no Templo de Papeete Taiti.
Tururarii explica o que trabalhar com o objetivo de um casamento no templo trouxe para sua vida: “Desde que me filiei à Igreja, sempre foi meu objetivo e desejo casar-me no templo. Então, quando conheci Taiana, tornou-se para nós um objetivo conjunto”.

Alexander e Rachel Sarafian, Austrália

Um amigo comum apresentou Alexander e Rachel em uma atividade de jovens adultos solteiros. Mas a primeira conversa dos dois foi numa convenção de jovens adultos solteiros, em Brisbane. Alexander cumprimentou Rachel, quando saíam do salão de refeições. Muitas coisas passavam pela cabeça de Rachel, e ela precisava de alguém com quem conversar. Assim, sentaram-se na grama fora dos edifícios de dormitórios e conversaram.
Alexander prometeu sair com Rachel no aniversário dela, mas, depois do primeiro encontro, ele foi hospitalizado devido a um acidente de motocicleta. Passaram a despender muito tempo juntos. Mas, porque moravam muito longe um do outro, terminaram tudo, indo cada um para o seu lado.
Mais de um ano depois, Alexander comprou outra motocicleta. Certo dia, quando voltava para casa, vindo da Igreja, foi atropelado por um veículo e ficou hospitalizado mais uma vez. A mãe de Rachel soube do acidente e contou para a filha. Rachel decidiu fazer a longa viagem de Brisbane a Sidney, a fim de visitar Alexander.
Alexander conta: “Eu ainda gostava de Rachel, e ela ainda devia gostar de mim já que fizera uma viagem de Brisbane apenas para visitar-me”. O casal já havia falado a respeito de casamento quando namoravam, mas agora Alexander sentiu que havia chegado o tempo de orarem a respeito de se unirem. Rachel ficou atônita com o pedido, mas concordou em orar a respeito.
Alexander já sabia sua resposta. Quando Rachel orou para saber se deveriam casar-se, sentiu que a resposta era sim. Alexander era seu melhor amigo.
Com a perna ainda engessada, Alexander levou Rachel para o mesmo gramado em que conversaram pela primeira vez, e então, enquanto sentados em um banco e olhando para o oceano, pediu-lhe oficialmente que se casasse com ele.
Dentro de três meses, com a ajuda da família e de amigos, Rachel mudou-se para Sidney e fez planos para um casamento no templo. Para Alexander e Rachel, seu selamento no templo representa o compromisso e uma promessa de que trabalharão para construir juntos um casamento eterno.

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