terça-feira, 6 de novembro de 2012

Voltem, Sejam Bem Vindos!

Élder Francisco Granja
Dos Setenta


Desde o principio o Senhor tem revelado a Sua vontade a Seus servos, os Profetas.

Quando um profeta fala com autoridade e em nome do Deus Todo Poderoso, ele diz o que o Senhor diria.

No dia seguinte ao seu apoio em assembléia solene por toda a Igreja, no seu primeiro pronunciamento, o Presidente Thomas S. Monson, o Profeta de Deus para os dias de hoje, disse:

“Ao longo de toda a jornada da vida há fatalidades. Alguns se desviam do caminho demarcado que leva à vida eterna, para depois descobrir que o desvio escolhido acaba em um beco sem saída. A indiferença, a negligência, o egoísmo e o pecado ceifam preciosas vidas humanas. Todos podem mudar para melhor. Ao longo dos anos, fizemos muitos apelos aos menos ativos, aos ofendidos, aos críticos, aos transgressores, para que voltem. ‘Voltem e banqueteiem-se na mesa do Senhor e provem novamente os doces e prazerosos frutos da integração com os santos’. No santuário íntimo da consciência de cada pessoa, existe aquele espírito, aquela determinação de desfazer-se do velho eu e atingir a plena estatura do verdadeiro potencial.

Nesse espírito, fazemos novamente este sincero convite: VOLTEM. Estendemos a mão para vocês com o puro amor de Cristo e expressamos nosso desejo de ajudá-los, de dar-lhes as boas vindas e integrá-los plenamente. Para os que estão magoados ou que estão hesitantes e temerosos, dizemos: Deixem-nos elevá-los, alegrá-los e afastar-lhes os temores. Aceitem literalmente o convite do Senhor: ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vos o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo e suave e o meu fardo e leve’” (Mateus 11: 28-30).

Desde aquele primeiro momento o Senhor tem falado a toda a Igreja, através do Seu Profeta o mesmo mandamento: “Busquem os menos ativos, tragam-nos de volta. Que as organizações, os quóruns do sacerdócio, os mestres familiares e as professoras visitantes, os líderes individualmente, as unidades da Igreja, em todos os níveis trabalhem seguindo a liderança estabelecida para resgatar os que ficaram pelo caminho”.

Exemplos, como o do irmão W. W. Phelps, saltam aos olhos como um testemunho de que há um caminho aberto para aqueles que são convidados a voltar.

O irmão Phelps foi um escritor talentoso, ativo na política, que certa vez concorreu ao governo de Nova York. Depois de ler o Livro de Mórmon, ele visitou Kirtland, Ohio, em junho de 1831. Na Sessão 55 de Doutrina e Convênios, o Senhor o chama de ”meu servo William”. Ele é chamado e escolhido para ser batizado, ordenado élder e pregar o evangelho (versículos 1 a 3). Foi escolhido para assistir Oliver Cowdery no trabalho de escrever, selecionar e imprimir livros para as escolas da Igreja e viajar ao Missouri, que seria a sua área de trabalho. Comissionado para ser um colaborador do Profeta Joseph Smith, tornou-se membro da primeira presidência de estaca organizada quando os santos chegaram ao Missouri, e foi encarregado de administrar os fundos que estavam sendo arrecadados para a construção de um templo em Far West. Envolvido em alegada malversação de fundos, ele caiu em apostasia e foi afastado pelo voto da Igreja em 1838 e tornou-se um desafeto amargo e um inimigo ferrenho dos santos. Por causa de falso testemunho prestado por ele e outros, o Profeta e outros líderes foram encarcerados na cadeia de Liberty. W. W. Phelps, movido de profunda amargura, engajou-se em vis perseguições aos santos e foi excomungado em 1839.

Em grande pobreza material e espiritual, encontrou-se certa vez com os élderes Orson Hyde e John E. Page, missionários em Ohio. Não tendo encontrado paz em sua apostasia, contou de sua angustia a eles. Foi-lhe sugerido escrever uma carta ao Profeta Joseph Smith. Ele o fez em 28 de junho de 1840, declarando o seu profundo arrependimento, confessando a loucura de suas atitudes e pedindo perdão. No mês seguinte, o Profeta respondeu a sua carta, falando do quanto tantos haviam sofrido com o seu proceder e convidando-o a voltar. Termina dizendo: “Amigos no inicio, amigos até o fim”. O irmão Phelps voltou e foi produtivo e leal por toda a vida em Illinois e Utah. Produziu escritos valiosos e incontáveis palavras de testemunho. O nosso hinário atual contém 15 dos seus hinos, incluindo “Hoje ao Profeta Louvemos” (Hinos, 14).

Um convite para voltar foi atendido. O seu retorno abençoou não somente a vida de W. W. Phelps, mas a vida de milhões de pessoas que encontraram a ainda encontram inspiração em seus escritos.

Há muitos que certamente desejam voltar, muitos que estão somente esperando um convite gentil daquele que cruzar o seu caminho em uma visita intencional ou em um encontro fortuito. Há muitos corações magoados e angustiados que precisam de alivio e perdão. Muitos dos nossos irmãos só não voltaram ainda porque não lhes estendemos as mãos e não os convidamos a voltar para casa.

Quantos milhões de vidas serão abençoadas se simplesmente seguirmos a admoestação do Senhor através dos seus profetas.

Como diz João, o apóstolo: “Agora que sabeis estas coisas, bem aventurados sois, se as fizerdes”.

Ouçamos as palavras. São as últimas instruções do Senhor para a Igreja hoje.

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